segunda-feira, 18 de julho de 2011
Críticas ao sistema Ferryboat unem governo e oposição
Depois de ouvir representantes da sociedade civil da Ilha de Itaparica e do município de Vera Cruz, acerca dos problemas do sistema Ferryboat na Baía de Todos os Santos, a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia recebeu nesta terça-feira, 7, os gestores da empresa TWB, concessionária do serviço, e da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicação (Agerba).
Na sessão, presidida pela deputada estadual Ângela Sousa (PSC), parlamentares do governo e da oposição se uniram em críticas contra a empresa que opera o sistema. Segundo o deputado petista Zé Neto, líder do bloco da maioria, a má-qualidade do serviço da TWB é um dos pontos de concordância entre oposição e governo. Segundo o parlamentar, que defendeu a revisão do contrato com a empresa, “o sistema é deficitário, deficiente e o relacionamento com o usuário é o pior possível”.
O deputado Elmar Nascimento (PR) também condenou o modelo de contrato entre a TWB e o estado. “Trata-se de um modelo em que a empresa não perde nunca. Por outro lado, o serviço é de péssima qualidade”, salientou.
A deputada Ângela Sousa, que preside a comissão, afirmou que não é mais possível tolerar as falhas no sistema Ferryboat e que observou que “os usuários desse sistema exigem melhorias urgentes e imediatas”. Eduardo Pessoa, diretor-executivo da Agerba, ratificou a necessidade de um novo contrato.
SÃO JOÃO – De acordo com a Agerba, a TWB tem até a próxima segunda-feira, dia 13, para divulgar em jornais de grande circulação a quantidade de embarcações que irão funcionar no período dos festejos juninos. Segundo Pessoa, o número atual – três – é insuficiente. “O ideal seria o dobro e, nos horários de pico, oito embarcações em funcionamento”, declarou.
O diretor-presidente da TWB, Reinaldo Santos, reconheceu as falhas no sistema e as atribuiu a pendências judiciais herdadas pela empresa. Disse ainda que a TWB já investiu R$ 118 milhões nos primeiros cinco anos de vigência do contrato, que é de 25 anos. Ainda assim, admitiu que “esses investimentos não foram suficientes para melhorar a qualidade do serviço”.
Os deputados Augusto Castro (PSDB) e Rosemberg Pinto (PT) também defenderam a repactuação do contrato.
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