quarta-feira, 27 de junho de 2012

ANIVERSÁRIO DE ILHÉUS: Belezas naturais da localidade são destacadas por Ângela


A história de Ilhéus confunde-se em grande parte com a própria história da Bahia. A constatação é da deputada Ângela Sousa (PSD), que apresentou, na Assembleia Legislativa, uma moção de congratulações à população ilheense pela passagem dos 478 anos do município, no próximo dia 28 de junho.

"Datam as primeiras reminiscências deste belo recanto do nosso estado, do tempo das expedições colonizadoras do século XVI, ainda nos primórdios da descoberta do Brasil. Sua ocupação começou em 1534, quando a expedição comandada pelo português Francisco Romero chegou à Baía do Pontal", contou a parlamentar no documento.

De acordo com ela, ainda como capitania hereditária, São Jorge dos Ilhéus teve uma sesmaria pertencente a Mem de Sá, que viria a ser o terceiro governador-geral do Brasil. O lugar conhecido como Rio do Engenho, um distrito ilheense, observou Ângela, ainda guarda essa memória. "Nele permanece erguida a Capela de Santana, reconhecida como a terceira igreja mais antiga do país."

A deputada contou na moção que Ilhéus permaneceu como uma pequena vila de pescadores até meados do século XVIII, quando começaram a ser trazidas as primeiras mudas de cacau da região amazônica. A partir desse momento, pontuou a deputada, a história do lugar não poderia ser mais contada sem uma referência ao fruto dourado.

"O cacau assegurou não somente o desenvolvimento e a pujança do município durante muitos anos, como também sustentou o fortalecimento econômico da Bahia no século passado. A cultura chegou a ser responsável por 70% do que o Estado arrecadava em ICMS", observou a deputada.

No entanto, ela lembrou que toda essa riqueza reduziu-se de modo fulminante no final da década de 80 do século passado. Segundo a deputada, contribuíram para tanto a concorrência com os produtores do norte da África e a terrível doença causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, a vassoura-de-bruxa, que dizimou milhares de hectares de cacaueiros em Ilhéus e todo o sul da Bahia.

"A maior carência desse importante município baiano era de esperança, mas os ilheenses nunca se deram por vencidos. Buscam alternativas na diversificação de sua matriz econômica, almejam dinamizar o setor turístico, e o Pólo de Informática, hoje responsável pela produção de 20% dos microcomputadores comercializados em todo o Brasil", afirmou.

Ângela Sousa concluiu a moção lembrando que o povo ilheense vê também na implantação da Ferrovia da Integração Oeste-Leste e do Complexo Intermodal Porto Sul uma grande redenção, "visto que esses projetos do Governo do Estado visam a trazer o tão sonhado desenvolvimento que mudará os destinos dessa cidade".

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